terça-feira, 18 de maio de 2010

Soneto ao 25 de Abril

Este dia como outro tal se desfez
Dando lugar à noite adormecida,
Dormem os de cima, pátria tremida,
Em baixo acordam de desfaçatez.

De baixo a alta voz ouvir se fez,
Junto com a esperança antes perdida,
E o cravo, vermelho de sangue e vida,
Relembra o coração do português.

Em vestígio da dor que se procura,
E encobrimento da dita verdade,
Se encontra algo que então pois, não perdura.

Pois se o povo grita por igualdade,
Se finda ali logo toda a censura,
E nasce a merecida liberdade.

Sem comentários:

Enviar um comentário