Este dia como outro tal se desfez
Dando lugar à noite adormecida,
Dormem os de cima, pátria tremida,
Em baixo acordam de desfaçatez.
De baixo a alta voz ouvir se fez,
Junto com a esperança antes perdida,
E o cravo, vermelho de sangue e vida,
Relembra o coração do português.
Em vestígio da dor que se procura,
E encobrimento da dita verdade,
Se encontra algo que então pois, não perdura.
Pois se o povo grita por igualdade,
Se finda ali logo toda a censura,
E nasce a merecida liberdade.
terça-feira, 18 de maio de 2010
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